Sangramento durante a gestação, crescimento excessivo do útero, inchaços abdominais, fortes náuseas, vômitos podem ser sinais de uma gravidez molar.
Afinal, o que é uma gravidez molar? Ela é uma degeneração hidrópica avascular do vilo corionico. Traduzindo, esse tipo de gestação acontece quando algo dá errado durante o processo de fertilização durante a concepção, provocando anormalidades nas células que formarão a placenta.
Durante a gestação molar o óvulo fertilizado não possui cromossomos da mãe, fazendo com que os espermatozoides do pai sejam duplicados. Como não há embrião e também nenhum tecido placentário, a placenta forma uma massa de cistos que pode ser visualizada por meio da ultrassonografia.
Essa anomalia pertence ao grupo de tumores trofoblásticos gestacionais. Isso ocorre principalmente quando dois espermatozoides fertilizam o mesmo óvulo. A partir desse momento o embrião começa a se desenvolver junto com o tecido placentário com os cistos. É importante entender que o embrião não terá condições de sobreviver e virar um bebê.
As mulheres com mais de 40 anos ou que sofreram mais de dois abortos prévios são mais propensas a ter uma gravidez molar.
Essa gravidez pode colocar a vida da mãe em risco, principalmente se a massa provocada por esse tipo de gestação se prender na parede uterina. A mulher poderá ter uma forte hemorragia, em alguns casos, pode converter-se em massa cancerígena.
Como identificar se a minha gravidez é molar?
A suspeita pode surgir com o aumento do hormônio HCG (Gonadotrofina Coriónica Humana), pressão alta, útero maior do que o normal, frequência cardíaca rápida, intolerância ao calor, perda de peso inexplicável e sangramento.
Caso, você note esses sintomas procure o seu médico para fazer um diagnóstico que comprove a anomalia.
Esse tipo de gestação pode ser classificado em dois graus: completo e parcial. O completo é quando não há embrião e nem tecido placentário normal. E o parcial pode haver uma placenta normal e o embrião, mas é provável que ele se desenvolva de maneira anormal e é incompatível com a vida.
Pode ocorrer um aborto espontâneo por volta da 8° semana de gestação molar, devido à má-formação do embrião. Caso, esse aborto não ocorra, ele deverá ser provocado”, alerta o ginecologista.
Tratamento
O único tratamento é extrair todo o tecido molar do útero. Esse procedimento pode ser feito por meio da curetagem, ou por meio de medicamentos específicos para expulsar todo o tecido embrionário. Pode ser necessária uma segunda curetagem para remover as sobras dos tecidos. O médico deverá solicitar alguns exames para verificar os níveis do hormônio HCG. A paciente deve voltar a consultar o ginecologista uma vez por mês, com o intuito de certificar que não existe mais nenhum tecido molar no útero.
Tive gravidez molar, quando posso voltar a engravidar?
O risco de uma gravidez molar ocorrer novamente é de 1 a 2%.
“A gestação molar não interfere na capacidade de a mulher voltar a engravidar. É recomendado a mulher fazer uma pausa de um ano para que o médico possa manter um controle e verificar se existe uma recidiva molar ou não e se há risco para desenvolver o coriocarcinoma. Uma gravidez poderá dificultar essa supervisão”, aconselha o ginecologista.
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