OBJETIVO: determinar os resultados maternos e perinatais das gravidezes subseqüentes à quimioterapia para neoplasia trofoblástica gestacional (NTG).
MÉTODOS: estudo observacional, retrospectivo, no qual foram incluídas 252 pacientes que engravidaram após quimioterapia para NTG entre 1960 e 2005. As pacientes foram divididas em três grupos, de acordo com o intervalo entre o término da quimioterapia e a primeira gravidez subseqüente (<6 meses; entre 6 e 12 meses e >12 meses). Resultados maternos e perinatais foram comparados entre os grupos.
RESULTADOS: Complicações maternas foram mais freqüentes nas gravidezes consignadas <6 meses em relação àquelas ocorridas entre seis e12 meses (76,2% e 19,6%; p<0, 0001; OR=13,1; IC95%=3,8-44,4) e >12 meses (76,2% e 21,6%; p<0, 0001; OR=11,5; IC95%=3,9-33,5) após a quimioterapia. Abortamento espontâneo foi mais freqüente nas gravidezes que ocorreram antes de 6 meses (71.4% ) do que naquelas entre seis e 12 meses (17,6%; p<0, 0001; OR=11,66; IC95%=3,55-38,22) e mais que 12 meses (9,4%; p<0,0001; OR=23,97; IC95%=8,21-69,91) após a quimioterapia.
CONCLUSÕES: abortamento espontâneo foi mais freqüente em pacientes que engravidaram com menos de seis meses da última sessão de quimioterapia para NTG. Gravidez deve ser postergada para, no mínimo, seis meses após terminada a quimioterapia.
Autor: Antônio Rodrigues Braga Neto
Orientador: Profa. Dra. Izildinha Maestá
Co-orientador: Prof. Dr. Odair Carlito Michelin
Orientador: Profa. Dra. Izildinha Maestá
Co-orientador: Prof. Dr. Odair Carlito Michelin
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 28 de fevereiro de 2007.
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