segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Quimioterapia para neoplasia trofoblástica gestacional

Resultados da gravidez subseqüente à quimioterapia para neoplasia trofoblástica gestacional




OBJETIVO: determinar os resultados maternos e perinatais das gravidezes subseqüentes à quimioterapia para neoplasia trofoblástica gestacional (NTG). 
MÉTODOS: estudo observacional, retrospectivo, no qual foram incluídas 252 pacientes que engravidaram após quimioterapia para NTG entre 1960 e 2005. As pacientes foram divididas em três grupos, de acordo com o intervalo entre o término da quimioterapia e a primeira gravidez subseqüente (<6 meses; entre 6 e 12 meses e >12 meses). Resultados maternos e perinatais foram comparados entre os grupos. 
RESULTADOS: Complicações maternas foram mais freqüentes nas gravidezes consignadas <6 meses em relação àquelas ocorridas entre seis e12 meses (76,2% e 19,6%; p<0, 0001; OR=13,1; IC95%=3,8-44,4) e >12 meses (76,2% e 21,6%; p<0, 0001; OR=11,5; IC95%=3,9-33,5) após a quimioterapia. Abortamento espontâneo foi mais freqüente nas gravidezes que ocorreram antes de 6 meses (71.4% ) do que naquelas entre seis e 12 meses (17,6%; p<0, 0001; OR=11,66; IC95%=3,55-38,22) e mais que 12 meses (9,4%; p<0,0001; OR=23,97; IC95%=8,21-69,91) após a quimioterapia. 
CONCLUSÕES: abortamento espontâneo foi mais freqüente em pacientes que engravidaram com menos de seis meses da última sessão de quimioterapia para NTG. Gravidez deve ser postergada para, no mínimo, seis meses após terminada a quimioterapia.


Autor: Antônio Rodrigues Braga Neto
Orientador: Profa. Dra. Izildinha Maestá
Co-orientador: Prof. Dr. Odair Carlito Michelin

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 28 de fevereiro de 2007.

Tive uma gravidez molar parcial que não foi detectada

Gostaria de saber se alguma de vcs já passou pela situação de ter tido que fazer quimio depois de gravidez molar. 
Eu passei recentemente por isso e terminei a quimio na semana passada, quando finalmente, meu beta HCG ficou menor do que 5 e foi considerado negativo. 
No meu caso, tive uma gravidez molar parcial que não foi detectada pelas biópsias ou ultrassons. Tudo começou como um aborto retido com 6 semanas de gestação. 
Como meu beta hcg abaixou mas depois voltou novamente a subir, fui encaminhada pelo meu ginecologista para o médico especialista em gravidez molar e esse já me encaminhou direto para a quimioterapia. Fiz 5 sessões de quimio que duraram 2 meses. 

A gravidez molar é pouco conhecida no Brasil e muitos médicos não sabem direito como tratá-la, por isso, gostaria de ter contato com mais pessoas que tenham passado pela mesma situação para torcarmos idéias e podermos criar mais consciência nas outras mulheres sobre o problema!! 
Também, estou disponível para responder as dúvidas que eu conseguir e souber responder! 

Quando poderei engravidar de novo?

Se você não se submeteu a um tratamento de quimioterapia, terá que esperar até seis meses depois que os níveis de hCG zeraram para voltar a tentar. No caso de ter feito quimioterapia, a recomendação é geralmente esperar um ano. 

As chances de voltar a ter outra gravidez molar são cerca de 1 a 2 por cento. 

Lembre-se de que a grande maioria dos casos de gestação molar não compromete a capacidade de a mulher voltar a engravidar, mesmo as que se submeteram a quimioterapia.

Gonadotrofina coriônica humana

A gonadotrofina coriônica humana  ou gonadotrofina coriónica humana  (hCG) é uma glicoproteína hormonal produzida pelas células trofoblásticas sinciciais nos líquidos maternos. No início da gravidez, as concentrações de hCG no soro e na urina da mulher aumentam rapidamente, sendo um bom marcador para testes de gravidez. Sete a dez dias após a concepção, a concentração de hCG alcança 25 mUI/mL e aumenta ao pico de 37 000-50 000 mUI/mL entre oito e onze semanas. É o único hormônio exclusivo da gravidez, fazendo com que o teste de gravidez pela análise de hCG tenha acerto de quase 100%. É o único exame que comprova exatamente a gravidez.
Alguns tipos de câncer, como coriocarcinoma, excretam hCG. No homem, altos níveis de hCG podem indicar câncer de testículo.
Funções no Organismo.
A principal função é manter o corpo lúteo (corpo formado por uma deposição de lipídio no folículo do qual saiu o ovócito secundário para a ovulação). O corpo lúteo secreta dois hormônios: a Progesterona e o Estrógeno. A função da hCG é manter o corpo lúteo no ovário durante o primeiro trimestre da gestação. Garante a manutenção da gestação, inibindo a menstruação, e a ausência de uma nova ovulação. É um hormônio que pode ser doado a outras mulheres que estejam em tratamento para ter filhos, pois é essencial na fecundação.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Trofoblasticas Gestacionais

Neoplasia é um crescimento anormal das células, comumente chamado de tumor.  Trofoblasto é a parede externa do embrião humano que forma posteriormente a camada superficial da placenta.  As Neoplasias Trofoblasticas Gestacionais são tumores originários do trofoblasto.
As neoplasias trofoblásticas gestacionais (NTGs) dividem-se em 4 tipos.  O primeiro tipo é benigno, a mola hidatiforme.  E os 3 demais tipos são malignos, a mola invasora, o coriocarcinoma e o tumor trofoblastico de localização placentária.

Mola Hidatiforme:
A mola hidatiforme ocorre em aproximadamente 1 em cada 1.500 gestações nos EUA (tendo, porém, uma incidência bem maior na Ásia e no 3º mundo), sendo encontrada em aproximadamente 1 em cada 600 abortos.  Esta divide-se em mola hidatiforme completa (75% dos casos) e parcial ou incompleta (25% dos casos).  As molas são mais comuns em gestantes muito jovens ou em idade avançada.
Acredita-se que a mola completa se origina da fecundação de um óvulo que perdeu seu núcleo ou seus cromossomos por um espermatozóide, ou em casos menos comuns, por dois espermatozóides.  No primeiro caso o espermatozóide duplica seu próprio DNA.  A gravidez não possui embrião.
Já a mola parcial na maioria dos casos origina-se da fertilização de um óvulo normal por dois espermatozóides ou mais.  Possui feto, mas este quase sempre tem diversas anomalias incompatíveis com a vida.
Os sintomas são sangramentos que aumentam a cada ocorrência de hemorragia, com corrimento amarelado entre as hemorragias e útero excessivamente grande e mole.  Os valores do Beta-HCG são demasiadamente altos para a semana gestacional.  Não existem batimentos cardíacos, e na ultrassonografia o aspecto é de vesículas ou cachos de uva.
Em 80% dos casos a evolução é benigna, sendo que em 20% torna-se maligno.  18% tornam-se mola invasora e 2% coriocarcinoma (apenas ocorre em mola completa, sendo raro na parcial).
O tratamento é com curetagem a vácuo-aspiração, geralmente após este procedimento realiza-se estimulação com ocitocina e raspagem.  O material é enviado para biópsia a fim de confirmar o diagnóstico.  Se a mulher tiver idade avançada e não desejar mais engravidar pode-se considerar a histerectomia para afastar o risco de coriocarcinoma.

Mola Invasora:
Ocorre em 1 a cada 12.500 gestações.  Origina-se de uma mola hidatiforme que se malignizou, penetrando no útero ou sendo encontrada em lugares distantes (metástase), mas mantendo a estrutura vilositária (diferentemente do coriocarcinoma).  Alguns dos sintomas são o teste de gravidez Beta-HCG permanecendo alto ou em crescimento por 2 ou 3 semanas consecutivas após a curetagem, ou por sangramentos persistentes após curetagens, útero grande demais e mole, cistos tecaluteínicos, sendo a incidência deste tipo de mola maior com idade materna avançada ou segunda gravidez molar, entre outros.  O tratamento é com quimioterapia quase sempre obtendo ótimos resultados especialmente quando não há metástase, preservando a fertilidade.  Outros acompanhamentos são necessários como RX, tomografia computadorizada e ultrassonografias de outros órgãos devido ao risco de metástase.  A mortalidade por mola invasora é muito rara.

Coriocarcinoma:

Ocorre em 1 a cada 40 mil gravidezes aproximadamente.  É uma transformação maligna após qualquer tipo de gravidez, ocorrendo nessa ordem de incidência, mola hidatiforme especialmente a mola completa (50% dos casos), aborto (25%), gravidez normal (22%) ou gravidez ectópica (3%).  Alguns dos sintomas são valores do Beta-HCG muito altos e que não se negativam mesmo após curetagem necessitando repeti-las, sangramentos persistentes, útero grande demais, entre outros.  A idade avançada aumenta a incidência.  A metástase trás sintomas específicos de acordo com o órgão afetado.  A confirmação do Coriocarcinoma é através de biópsia e o tratamento é com múltiplos agentes quimioterápicos, sendo a forma mais grave de NTG.

Tumor trofoblastico de sítio placentário:

É raro, também pode apresentar malignidade, porém, geralmente cura-se com a curetagem.

Algumas Considerações:

Algumas considerações interessantes em qualquer gravidez, ainda que não haja suspeita de mola.  É útil realizar a ultrassonografia com 7 semanas para detectar os batimentos cardíacos, local da implantação e aspecto geral.  Sintomas como sangramentos que não cessam, dores, útero excessivamente grande para a idade gestacional e mole, valores do Beta excessivamente altos para a semana de gravidez devem ser observados. Em caso de aborto deve haver um acompanhamento dos valores do Beta-HCG até que se negativem.  Alguns especialistas em reprodução também recomendam a realização da histeroscopia diagnóstica após aborto.

gravidez embrionária

É importante que qualquer grávida seja acompanhada por um clínico desde que tenha a confirmação da gravidez









Mesmo quando tudo parece correr bem, por vezes, a Mãe Natureza pode pregar algumas partidas e cometer alguns erros inexplicáveis.


Uma gravidez molar é habitualmente indetectável no início e se a mulher não for acompanhada convenientemente, pode avançar com a gravidez sem saber o que está a acontecer ou pensar que teve um aborto espontâneo sem que o mesmo tenha ocorrido.


A mola hidatiforme

Como já temos explicado, após a fertilização do óvulo, desenvolvem-se novas células que vão formar a placenta e o feto. Contudo, em alguns casos, o tecido que deveria formar a placenta, cresce de forma anómala, formando um tumor que pode expandir-se para fora do útero.

No que respeita ao tecido fetal, este pode também desenvolver-se de forma anormal e incompleta – mola parcial – ou não se formando sequer tecido fetal, desenvolvendo-se apenas o tecido da mola.


Contudo, a maior percentagem das gravidezes molares encontram-se confinadas ao útero – mola hidatiforme. Esta mola caracteriza-se por ter a aparência de um cacho de uvas por ser formada por vilosidades e tecido cheio de líquido (como se fossem bagos de uva).


Em alguns casos – raros – um feto pode desenvolver-se em simultâneo com uma mola mas, quando isto acontece, o feto apresenta malformações e regra geral o feto não consegue sobreviver. Os sintomas mais comuns nas molas hidatiformes são os sintomas habituais da gravidez, muito embora mais exagerados.


Neste tipo de gravidez são ainda a considerar os sintomas semelhantes aos de um aborto, caracterizando-se por uma hemorragia vaginal entre as semanas 6ª e 16ª. Muito embora as pequenas hemorragias possam acontecer durante uma gravidez normal, é importante que a mulher comunique ao médico, se tiver qualquer tipo de hemorragia, mesmo que esta lhe pareça insignificante.


São ainda de referenciar alguns sintomas habituais numa gravidez molar:

- Durante o primeiro trimestre, um aumento exagerado do útero, apresentando o abdómen demasiado grande para o tempo de gestação.

- Corrimento vaginal ou cólicas pélvicas.

- Vómitos excessivos.

Muito embora estes sintomas também possam ser comuns numa gravidez normal, é aconselhável que a mulher fale sempre com o seu médico sobre o excesso de sintomas.



Confirmação clínica

A confirmação dos sintomas acima descritos pode levar o especialista a suspeitar da doença. Todavia observará ainda os níveis de gonadotrofina coriónica humana (beta-HCG), que muito embora não seja um elemento totalmente esclarecedor, pois algumas gravidezes molares não apresentam níveis elevados enquanto que – embora raramente – uma gravidez normal pode apresentar um valor elevado.

Para confirmar ou descartar a hipótese de uma mola, o clínico mandará realizar uma ecografia pélvica e alguns exames adicionais – RX, TAC, RMN – e algumas análises de sangue.

Após a confirmação o tumor é removido.


“Em geral, o próprio organismo feminino, detecta o erro e descarta-se não permitindo que a gravidez prossiga”


Gravidez anembrionária

Esta gravidez, também conhecida como "ovo cego" pode acontecer quando o óvulo fertilizado se une à parede uterina, formando-se o saco gestacional, mas não acontecendo o desenvolvimento do embrião.

Em geral, a mulher julga que tem uma gravidez normal e apenas quando realiza uma ecografia, o médico verifica que o saco gestacional se encontra vazio. Sabe-se que cerca de cinquenta por cento dos abortos espontâneos durante as primeiras semanas da gravidez, se devem a este erro genético.


Em geral, o próprio organismo feminino, detecta o erro e descarta-se não permitindo que a gravidez prossiga.

Na maioria dos casos, a mulher pode ter feito o teste da gravidez e este ter tido um resultado positivo, e a mulher ter os sintomas de uma gravidez normal e bem sucedida.

Quando não ocorre um aborto espontâneo e a gravidez anembrionária é apenas detectada através de exames clínicos, a mulher acaba por ter de ser sujeita a uma curetagem para eliminar os tecidos e garantir a limpeza total do útero.


Os riscos

Muito embora qualquer gravidez possa estar sujeita a estes erros/riscos, percentualmente acontecem mais nas gravidezes precoces ou nas gravidezes tardias.

Contudo, a consulta pré-concepcional e o acompanhamento pré-natal podem ser decisivos na saúde da mulher. Quando estas situações acontecem, é importante que a mulher realize todos os exames que o clínico achar aconselhados, bem como qualquer tratamento, sempre que necessários para que a mulher possa ficar saudável e com capacidade para tentar uma nova gravidez saudável e de termo.


É importante, que qualquer mulher que tenha tido uma gravidez molar seja avaliada periodicamente depois de tratada. É possível que a mulher tenha uma gravidez normal, saudável e bem sucedida depois de receber tratamento para uma gravidez molar.


Uma mulher que teve uma gravidez embrionária, pode voltar a ficar grávida porque este tipo de gravidez, em geral, não se repete

Gravidez molar, fique sabendo os riscos

Uma gravidez molar é o resultado de um óvulo fertilizado anormalmente que produz um crescimento deforme da placenta, convertendo-se numa massa de quistos. Esta gravidez nunca pode chegar ao fim, já que o óvulo ou não existe, ou não se desenvolve adequadamente. Por isso, deve-se terminar com esta gravidez quando se tem percepção do problema. Para além disso, deve-se ter especial atenção com o útero nos meses seguintes, já que o tecido molar pode dar lugar a uma massa cancerígena. O bom é que as perspectivas de ter uma futura gravidez normal são altíssimas.

O que é?
Uma gravidez molar produz-se quando a placenta cresce de forma anormal durante os primeiros meses e se converte numa massa de quistos que se assemelha a um cacho de uvas brancas. O embrião não se chega a formar, ou quando se forma não pode sobreviver. É o resultado de um óvulo fertilizado anormalmente, aproximadamente uma em cada mil e quinhentas mulheres sofre de uma gravidez molar.
As mulheres com mais de 40 anos ou que sofreram mais de dois abortos prévios são mais propensas a sofrerem uma gravidez molar.
Este tipo de gravidez supõe um grande risco para a mãe, sobretudo, se a massa se prende profundamente à parede uterina, o que pode provocar uma forte hemorragia.  Às vezes pode mesmo converter-se numa massa cancerígena.
Tipos de gravidez molar
  • Completo: não há embrião nem tecido placentário normal. Para além disso, todos os cromossomas do óvulo fertilizado provêm do pai, quando o normal é que metade dos cromossomas seja da mãe e outra do pai. Pouco tempo depois da fertilização, os cromossomas do óvulo da mãe perdem-se ou desactivam-se e os do pai multiplicam-se.
  • Parcial: pode haver uma placenta normal e o embrião, que é deforme, desenvolve-se de maneira anormal. À diferença da gravidez molar completa, os 23 cromossomas da mãe estão presentes, mas existem dois grupos de cromossomas do pai. Isto pode acontecer se o óvulo for fecundado por dois espermatozóides.
Sintomas mais frequentes:
  • Hemorragia vaginal, normalmente, de cor castanha escura e próxima da 10ª semana de gravidez. Antes desse momento parece uma gravidez perfeitamente normal.
  • Náuseas e vómitos de carácter grave.
  • Pressão arterial alta.
  • Cãibras abdominais.
  • Aumento da produção de saliva
  • Útero maior do que é normal para este tempo de gravidez.
  • Crescimento excessivo e veloz do útero.
  • Hipertiroidismo: frequência cardíaca rápida, intranquilidade, nervosismo, intolerância ao calor, perda de peso inexplicável, etc.
     
Quando se tem estes sintomas, deve-se recorrer ao médico para que este realize uma série de exames para assegurar o diagnóstico. O normal é que faça um exame de ultra-som. Também se medem as contracções que podem ser mais altas ou mais baixas do que o normal.
Qual é o tratamento?
O tratamento consiste basicamente em extrair todo o tecido molar do útero para evitar que se desenvolva um cancro. Ocasionalmente, se a massa de quistos é grande e se a mulher decidiu que não vai ter mais filhos, pode fazer-se uma histerectomia (retirar o útero por completo).
Para controlar o possível desenvolvimento de um cancro, o médico volta a medir a concentração de massa molar depois da operação. Se é nula, geralmente, a mulher não necessita de nenhum tratamento adicional. No entanto, o médico seguirá essa supervisão durante os seis meses posteriores à operação para assegurar-se de que não tem qualquer tecido molar no útero.
É frequente que se produza um cancro?
A extracção do útero e a toma de alguns medicamentos fazem com que a cura desta doença seja de cerca de 100%.
Em raras ocasiões, uma forma cancerígena do GTD desenvolve-se e estende-se para outros órgãos. O uso de vários medicamentos para o cancro trata com êxito este tipo de tumores.
Quando posso voltar a engravidar?
Uma mulher que tenha tido uma gravidez molar não deve ficar grávida durante seis meses a um ano, visto que uma gravidez dificultará a supervisão das concentrações de matéria molar.
As perspectivas de ter uma futura gravidez são boas, o risco de que se desenvolva uma gravidez molar posterior é de apenas 1 a 2%.
Uma vez superada a dor da perda de uma gravidez, e se os exames de controlo não revelarem complicações, a mulher pode voltar a tentar ficar grávida.
Pode-se evitar?
As gravidezes molares podem ser originadas por uma alimentação carente de proteínas, a qual também pode causar problemas na ovulação. Alguns estudos científicos demonstraram que consumir muita quantidade de proteínas de origem animal e vitamina A, através do consumo de vegetais e de frutas, pode ajudar a reduzir a incidência de desenvolverem gravidezes molares.

Sintomas e diagnósticos

As molas hidatiformes costumam provocar sintomas pouco depois da concepção. A mulher sente que está grávida, mas o tamanho do seu abdómen não corresponde ao de uma gravidez normal, porque a mola que se encontra no útero cresce rapidamente. São frequentes as náuseas e os vómitos intensos e, em certos casos, também pode ocorrer hemorragia vaginal. Estes sintomas indicam a necessidade de ir ao médico imediatamente. As molas hidatiformes podem provocar graves complicações, como infecções, hemorragia e toxemia da gravidez.
Se a mulher tiver uma mola hidatiforme em vez de uma gravidez normal, não se detectam movimento fetal nem batimentos cardíacos. Durante o processo de degenerescência da mola são expulsas pequenas quantidades de material semelhante a grainhas de uva pela vagina. O anatomopatologista pode examinar este material ao microscópio, para confirmar o diagnóstico.
O médico pode solicitar uma ecografia para comprovar que se trata de uma mola hidatiforme e não de um feto ou de um saco amniótico (as membranas que contém o feto e o líquido que o rodeia). Podem ser feitas análises ao sangue para medir a concentração de gonadotropina coriónica humana (uma hormona produzida no princípio da gravidez). Se existir uma mola hidatiforme, o valor é muito elevado devido ao facto de se produzir uma grande quantidade desta hormona. Esta análise é menos útil no princípio da gravidez, porque os valores da hormona também são elevados. (Ver secção 22, capítulo 243)
Tratamento
A mola hidatiforme deve ser extirpada por completo. Normalmente, o tratamento escolhido é a curetagem por aspiração depois de dilatar o colo uterino. Só em casos muito raros se faz uma histerectomia.
Depois da cirurgia, mede-se a concentração de gonadotropina coriónica humana para determinar se a extracção foi completa. Se assim for, o valor desta hormona volta à normalidade em cerca de 8 semanas e mantém-se nessa medida. Se uma mulher a quem se extirpou uma mola ficar grávida, é difícil interpretar um valor elevado de gonadotropina coriónica humana, porque este poderá ser causado tanto pela gravidez como por uma parte da mola que não foi extraída. Por isso, às mulheres a quem se extraiu uma mola é recomendado não engravidarem durante um ano.
As molas hidatiformes benignas não precisam de quimioterapia, mas as malignas sim. Os fármacos que se usam para este tratamento são o metotrexato, a dactinomicina ou uma combinação de ambos.
O índice de cura é virtualmente de 100 % nas mulheres em que a doença está menos avançada e de 85 % naquelas em que se expandiu amplamente. A maioria das mulheres curadas da mola hidatiforme conservam a capacidade reprodutora.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Quando posso ter uma nova gravidez?

A partir de que momento se pode ter uma nova gravidez
gravidez é um momento muito especial na vida de uma mulher se for planejada e não ocorrer na adolescência . Mas o momento certo para iniciar uma nova gestação pode variar de mulher para mulher. Por isso deve ser recomendado pelo médico.
Aborto espontâneo
É aquele que não é provocado pela gestante. A gravidez é possível no primeiro trimestre após o retorno da menstruação que não pode ser confundido com o sangramento que acontece logo após a perda. Somente o médico pode determinar o período certo para se  engravidar.
Mas se o aborto ocorreu a partir do 4º mês de gestação, deve-se fazer um intervalo mais longo depois da primeira menstruação. Qualquer infecção ou doença que tenha sido a causa da perde deve primeiro ser tratada para depois voltar a engravidar.
Gravidez molar
É uma gravidez resultante de uma fecundação anormal do óvulo capaz de transformá-lo em quistos devido ao mau desenvolvimento das células que formam a placenta. Nesse caso deve-se fazer vários exames para acertar na dosagem hormonal pelo menos 1 ano. Essa espera é necessária para garantir uma gravidez saudável e segura sem riscos de perda.
Resguardo
A partir de que momento pode ter uma nova gravidez 1Após o parto o corpo da mulher sofre diversas mudanças físicas e psicológicas. Cansaço, intestino preso, acúmulo de gases e dores abdominais e ao redor da incisão no caso da cesariana são comuns.
O sangramento pode durar até 45 dias após o parto, período este, que deve ser evitado relações sexuais. Logo após, pode ser retomada a vida sexual, mas devem-se ter certos cuidados para não engravidar novamente  Nesse caso, o médico pode recomendar as mini-pílulas e implantes cutâneos nos dois primeiros meses e depois as pílulas combinadas.
Amamentação
Ao amamentar o útero se movimenta o que diminui o seu tamanho. Só depois de 1 mês ele volta ao tamanho normal  e depois de 2 meses está pronto para ovular.
Tempo ideal para engravidar logo após o parto
Os médicos recomendam no mínimo 6 meses ou dependendo do caso 1 ano. O primeiro ano requer cuidado especial da mãe para com o recém-nascido e por isso iniciar outra gravidez só irá atrapalhar toda essa fase.
Como se vê, a melhor forma para saber o momento certo para iniciar uma nova gestação é fazer uma consulta médica. Além das condições físicas, a opinião do casal também deve ser levada em consideração. A gravidez deve prazerosa e não se tornar um problema!

Resultados e Discussão

A gravidez molar gera um impacto no estado emocional, na vida sexual,
reprodutiva e na qualidade de vida da mulher, podendo desencadear quadros
depressivos. O atendimento psicológico em grupo tem auxiliado a minimizar o
impacto do diagnóstico e adesão ao tratamento, através do estabelecimento do
vínculo terapêutico e de um trabalho informativo, educativo e preventivo. O
grupo propicia um espaço de identificação entre mulheres e trocas de
experiências. O psicólogo colabora no processo de compreensão e
enfrentamento, diminuindo o nível de ansiedade, estresse, medos e fantasias
das pacientes frente à doença.
Conclusões 
A atuação da psicologia tem contribuído para amenizar o sofrimento psíquico 
das mulheres, que vivenciam a perda de uma gestação e, ao mesmo tempo, 
as preocupações de enfrentar uma doença potencialmente fatal. Promovendo 
melhoria da qualidade de vida, desfazendo mitos e fantasias existentes diante 
do diagnóstico 

Gravidez Molar. Eu tive !!!

Eu nunca tinha ouvido falar no assunto até passar por ele. Em 2008 tive uma gravidez molar e já morávamos na Dinamarca. Vou contar desde o começo para vocês entenderem melhor. Eu e meu marido planejamos a gravidez do nosso segundo filho para esse ano de 2008. Parei de tomar a pílula e não deu outra, já estava grávida. Ficamos super felizes, juntamente com nosso outro filho Rafa que na época tinha 6 aninhos. Tinha sintomas normais de uma gravidez normal. Quando deu 1 mês de gravidez tive um sangramento que não parou e fui ao médico. Meu marido ligou para um médico e esse falou para irmos ao hospital no outro dia. Não foi um sangramento pequeno, ele durou até irmos ao médico no outro dia. Eu fiquei triste, porque sabia que estava perdendo meu bebe. Ficamos todos tristes, mas descançamos em Deus. No hospital me examinaram e constataram que eu havia perdido o bebe. Tive que fazer uma curetagem e justamente nesse dia os médicos resolveram fazer uma paralisação, então não haviam muitos médicos. Por isso me colocaram em um quarto, onde meu marido pode ficar comigo e me deram um comprimido para eu ter contrações e expulsar o que havia no útero. Chegamos lá pela manhã bem cedinho e logo fui atendida, mas para fazer a curetagem mesmo só foi possível 22.00 hs. Nos deram um chá de cadeira!!! Mas tudo bem, precisava então nem reclamei. As enfermeiras sempre passavam pelo quarto, mediam minha pressão e viam como eu estava. Tive cólicas fortes algumas vezes. Chegando a hora de ir para a curetagem me aplicaram uma anestesia na veia do braço que já fiquei grogue em alguns segundos. Fui levada de maca para a sala que havia umas 3 ou 4 mulheres, só tenho flashes desse momento. Uma me fez algumas perguntas que também não lembro direito quais foram. Não me lembro de mais nada, só de já ter acordado com meu corpo congelando fora da sala de cirurgia. Ainda fiquei esperando nesse lugar um pouco, pareceram horas, na verdade não sei quanto tempo foi. Me levaram para o quarto, meu amores estavam lá me esperando, Du e Rafa... Eu estava morrendo de fome, passei o dia todo sem me alimentar. Me levaram uma sopinha rala, mas estava tão deliciosa, bem temperadinha (pedi mais rs). Pude ir embora no mesmo dia, estava me sentindo bem, um pouco cansada e fraca, mas bem. Não quis ficar pensando muito sobre o assunto, até então eu tinha perdido meu bebe. Pois bem, agora vou explicar o que é uma gravidez molar:
Em uma gravidez normal, o óvulo fertilizado contém 23 cromossomos do pai e 23 da mãe. Em uma gestação molar completa (essa foi a que eu tive), o óvulo fertilizado não possue cromossomos da mãe e os espermatozóides do pai são duplicados. Não há embrião, a placenta forma uma massa de cistos que vai crescendo até se ter um aborto espontâneo. Em uma gravidez molar parcial o óvulo fertilizado tem o conjunto normal de cromossomos da mãe, mas o dobro dos do pai. Nesse caso há um embrião, mas ele não é normal e não terá condições de virar um bebe. Uma em cada mil gestações no ocidente são molares e eu fui uma das sorteadas rs. Para ganhar na mega sena não tenho essa mesma sorte rs. Se pensarmos bem, a população brasileira é tão grande e nunca tinha ouvido um caso desses. 
O material que colheram na curetagem foi analisado e somente assim ficamos sabendo que havia sido uma gravidez molar. Mas o que mais me deixou preocupada foi como essa notícia me foi dada. Simplesmente chegou uma carta em nossa casa dizendo que eu havia tido uma gravidez molar e que o material havia sido analizado e que eu precisaria fazer exame de sangue todos os meses durante 8 meses porque eu corria risco de ter câncer e eu não poderia engravidar antes de 8 meses. Olha que absurdo!!! Eu fiquei muito assustada, aliás todos nós ficamos. Isso é noticia que se de por carta??? Só aqui na Dinamarca mesmo, mas tudo bem. Meu marido levou a carta para o médico do clube ver e ele explicou direitinho, disse que o hormônio da gravidez estava muito alto e por isso deveria coletar sangue todo mês para ver se estava baixando, até normalizar. Agora sim!!! Foram longos 8 meses, todos os meses indo ao médico coletar sangue, mas tudo bem, era para uma boa causa. Findos os 8 meses esperamos mais 2 e parei de tomar pílula. Batata!!! Engravidei novamente, fácil, fácil. Eu não fiquei em momento nenhum depressiva, a culpa não foi minha e também não havia nenhum bebe ali, não iria formar nada. Também não fiquei naquela de que poderia acontecer na minha próxima tentativa de engravidar ou que iria demorar para engravidar. Acho que tudo isso ajudou a engravidar rápido. A nossa mente é um campo de batalha e ela consegue nos prejudicar e nos ajudar, depende somente de nós. Então vamos tentar usar nossa mente para o nosso bem. Eu sei que às vezes é difícil, mas temos um que pode nos ajudar. Deus sempre pode nos ajudar!!!
Você que está passando por uma gestação molar ou já passou não se preocupe, não é o fim do mundo e não é sinal que você não terá filhos perfeitos futuramente. 
Logo fiquei grávida da Fernandinha e minha gravidez foi uma benção, nunca tive nenhum sangramento, me alimentava bem, fazia caminhadas, fiz uma viagem de quase 24 horas rs. Foi tudo tranquilo!!! 

britânica descobre que gravidez virou câncer

Após aborto espontâneo, britânica descobre que gravidez virou câncer



A britânica Charlotte Solomon passou de um dos momentos mais felizes de sua vida para um dos mais assustadores, no espaço de poucos meses.
Ao descobrir que estava grávida pela primeira vez, aos 34 anos, ela ficou radiante. Algumas semanas depois, ela sofreu um aborto espontâneo devido a uma complicação gestacional da qual ela nunca havia ouvido falar: uma gravidez molar.
Mas foi a notícia de que as células anormais que haviam ficado em seu útero haviam se transformado em um câncer agressivo que mudou drasticamente sua vida.
"É um choque absoluto. Ir da alegria de estar grávida para a tristeza do aborto e aí descobrir que você tem câncer é uma montanha-russa, a coisa mais difícil que já enfrentei", disse Charlotte à BBC Brasil.

'Complicação rara'

A gravidez molar acontece quando há um problema no momento da fertilização.
Em vez de receber 23 cromossomos do pai e 23 da mãe, em uma gestação molar completa o óvulo fertilizado não contém nenhum material genético da mãe e o do pai é duplicado. Neste caso, não há embrião, mas uma massa de cistos, chamada de mola hidatiforme.
No caso de Charlotte, uma gestação molar parcial, o óvulo fertilizado tem o conjunto normal de cromossomos da mãe, mas o dobro do pai, gerando um total de 69 cromossomos no lugar dos 46 normais. Isso pode acontecer quando os cromossomos do espermatozóide são duplicados ou quando dois espermatozóides fertilizam o mesmo óvulo.
O embrião pode começar a se desenvolver, mas não tem como sobreviver.
Não se sabe exatamente o que causa a gravidez molar, mas especialistas dizem que ela tem fundo imunológico e ocorre com maior frequência entre populações mais pobres.
Enquanto a incidência do problema em países desenvolvidos fica em torno de uma em mil gestações, no Estado do Rio de Janeiro estima-se que esse número chegue a uma em 200 gestações, segundo cálculos do médico Paulo Belfort, diretor do Centro de Neoplasia Trofoblástica Gestacional, nome científico da gravidez molar, na Santa Casa da Misericórdia.

Câncer

Mulheres com o problema inicialmente apresentam sintomas normais de gravidez.
A partir das seis semanas de gestação, no entanto, a mulher pode ter sangramentos e seus níveis do hormônio da gravidez - o hCG - ficam muito mais elevados que o normal.
Após o aborto espontâneo ou por curetagem, na grande maioria dos casos as células anormais desaparecem e os níveis de hCG voltam a zero.
Mas, na Grã-Bretanha, em 16% dos casos de mola hidatiforme e em 0,5% dos casos de molas parciais, o tecido anormal no útero se torna cancerígeno e pode se espalhar rapidamente pelo corpo.
No Brasil, não há estatísticas oficiais, mas segundo o especialista Paulo Belfort, esses índices estariam em torno de 23% e 5%, respectivamente, no Rio de Janeiro.

Quimioterapia

Quando uma gravidez molar é diagnosticada, o procedimento normal é que haja um acompanhamento da paciente com exames periódicos de sangue e urina.
Charlotte Solomon não estava particularmente preocupada porque seu médico disse que era extremamente raro que uma mola parcial, como a que ela teve, se transformasse em câncer.
Ainda assim, um mês depois do aborto espontâneo, Charlotte recebeu um telefonema do hospital e, após confirmar o resultado com novos testes, ela teve de começar a quimioterapia no mesmo dia.
Ao todo, foram nove meses de tratamento contra o câncer, com três tipos diferentes de quimioterapia.
Na fase final, ela chegou a passar 17 horas recebendo uma combinação de remédios intravenosos.
Charlotte parou de trabalhar e se fechou para o mundo. Apenas dois anos após seu casamento, ela teve de raspar a cabeça e viu seu corpo, antes atlético, se transformar.

Mulheres nuas

Em abril deste ano, ela finalmente recebeu a notícia de que estava livre do câncer.
"Ainda hoje, me sinto ansiosa e não sou a mesma pessoa de antes. Meu sistema imunológico ainda está enfraquecido e, apesar de estar de volta ao trabalho, estou longe do meu ritmo normal", disse Charlotte.
A experiência acabou inspirando a britânica a ajudar o Hospital de Charing Cross - centro de referência para o tratamento da condição na Grã-Bretanha - a conseguir fundos para uma pesquisa inovadora.
"A equipe do hospital foi absolutamente incrível comigo e acho fundamental tentar ajudar pessoas que, infelizmente, vão ter de passar pelas mesmas coisas que passei."
"Tenho sorte de ter amigas maravilhosas, que ficaram ao meu lado durante a doença e que aceitaram posar nuas para um calendário para ajudar a arrecadar dinheiro para pesquisa."
Charlotte e 28 amigas foram fotografadas para o calendário "Get Naked 2012" por Chris Dunlop, que trabalha para revistas como Vogue e Vanity Fair.
Até o momento, Charlotte já conseguiu o equivalente a R$ 170 mil, muito acima de sua meta inicial, mas o projeto custa R$ 5,6 milhões no total.

Pesquisa de ponta

A equipe do Hospital de Charing Cross está tentando encontrar um marcador biológico que permita que os médicos identifiquem desde o princípio quais molas vão desaparecer e quais vão se transformar em câncer, além de ajudar a determinar que tipo de quimioterapia seria mais eficiente para cada caso.
"Isso é o que se busca em todo o mundo. A pesquisa é absolutamente bem-vinda e necessária", diz Paulo Belfort, que acredita que a doença não recebe a atenção necessária no Brasil por ser considerada muito rara.
Enquanto se esforça para arrecadar dinheiro para pesquisa, Charlotte espera ansiosamente o prazo de um ano recomendado pelos médicos para tentar engravidar novamente.
"É muito difícil esperar, mas se eu engravidasse agora, os médicos não saberiam se o nível alto dos hormônios se deve ao bebê ou à reincidência do câncer. Tenho que esperar, já que a minha saúde vem em primeiro lugar."

Questões comuns sobre o sexo na gravidez

As questões sobre o sexo durante a gravidez são comuns. Muitos casais querem continuar a manter actividade sexual mas questionam-se se ter relações sexuais irá prejudicar a gravidez. A seguir são apresentadas algumas respostas a perguntas frequentemente colocadas no que diz respeito ao sexo durante a gravidez.
Será seguro ter relações sexuais durante a gravidez?
Sim, com raras excepções. Numa gravidez não complicada não existe evidência de que ter relações sexuais seja perigoso. Existem apenas algumas condições nas quais é recomendada a abstinência das relações sexuais. Estas incluem o trabalho de parto pré-termo e a placenta prévia (uma placenta de implantação baixa, cobrindo a abertura inferior do útero). Estas complicações são pouco frequentes e não são perigosas antes da segunda metade da gravidez. Se a mulher entrar prematuramente em trabalho de parto ou se a ecografia revelar a existência de uma placenta prévia, o médico irá dizer-lhe se necessita de evitar a actividade sexual.
É normal ter aumento ou diminuição do interesse no sexo?
Os níveis de hormonas alteram-se durante a gravidez e uma mulher pode reagir a esta alteração ficando mais ou menos interessada no sexo. As reacções emocionais do casal à notícia de uma gravidez podem igualmente afectar o interesse que o casal sente pelo sexo. As alterações físicas associadas a uma gravidez em desenvolvimento (e ao aumento de volume do abdómen da mãe) podem requerer a experimentação com novas posições e actividades. Se quer manter as  relações sexuais durante a gravidez fale frequentemente com o seu parceiro sobre o seu conforto e interesses. A comunicação é essencial para uma vida sexual satisfatória para ambos os parceiros.
Receio magoar o bebé durante as relações sexuais. Existe risco?
Não. O bebé em crescimento encontra-se bem protegido pelo útero e pelo líquido amniótico. O bebé flutua dentro do útero e não é afectado, mesmo durante uma actividade sexual vigorosa. Durante as relações sexuais, a mulher pode posicionar-se em segurança por baixo, ao lado ou em cima do seu parceiro sem perigo para o bebé.
E quanto aos orgasmos? Por vezes depois de ter relações sexuais sinto dores ou vejo uma gota ou duas de sangue.
Os orgasmos não são perigosos e não irão causar um trabalho de parto ou um parto prematuro. No entanto, por vezes, depois de terem relações sexuais, as mulheres podem sentir dores ou contracções. Isto resulta provavelmente da estimulação do colo do útero. Uma vez que o colo do útero se encontra ingurgitado e bem irrigado por sangue durante a gravidez, podem surgir pequenas perdas de sangue depois da mulher ter relações sexuais. Quaisquer contracções ou hemorragias devem desaparecer depois da mulher repousar uma hora ou duas. Se os sintomas se agravarem ou não desaparecerem rapidamente, contacte o seu médico. Este agravamento não é habitual.
Alguns casais podem notar que as contracções que ocorrem com o sexo durante a gravidez os preocupam tanto que o sexo deixa de dar prazer a um ou a ambos os parceiros. Estes casais podem experimentar outras formas de actividade sexual ou ponderarem a utilização de um preservativo. Algumas substâncias químicas no sémen podem estimular o colo do útero, pelo que a manutenção do sémen dentro do preservativo pode evitar as contracções.
Será o sexo oral adequado durante a gravidez?
Sim. Se proporcionar prazer e for desejável por ambos os membros do casal, não existe razão para evitar o sexo oral.
As infecções são transmitidas ao bebé pelo sexo durante a gravidez?
As infecções sexualmente transmitidas podem constituir uma preocupação especial durante a gravidez. Alguns antibióticos não são seguros para serem utilizados numa grávida. Além disso, as infecções da vagina ou do útero podem estar associadas a um risco aumentado de trabalho de parto prematuro ou podem causar doença no bebé. É importante que as infecções vaginais e genitais sejam identificadas durante a gravidez. O contacto cutâneo deve ser evitado no caso de o seu parceiro apresentar feridas provocadas pelo vírus herpes, uma vez que existe risco de disseminação do herpes para si e para o bebé. O teste do VIH é recomendado para todas as mulheres durante a gravidez. O tratamento irá reduzir o risco do bebé ser infectado pelo VIH.
Informação adicional
Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Obstetricia
Direcção Geral de Saúde

Sangramento durante a gestação na gravidez molar

Sangramento durante a gestação, crescimento excessivo do útero, inchaços abdominais, fortes náuseas, vômitos podem ser sinais de uma gravidez molar.

 Afinal, o que é uma gravidez molar? Ela é uma degeneração hidrópica avascular do vilo corionico. Traduzindo, esse tipo de gestação acontece quando algo dá errado durante o processo de fertilização durante a concepção, provocando anormalidades nas células que formarão a placenta.

Durante a gestação molar o óvulo fertilizado não possui cromossomos da mãe, fazendo com que os espermatozoides do pai sejam duplicados. Como não há embrião e também nenhum tecido placentário, a placenta forma uma massa de cistos que pode ser visualizada por meio da ultrassonografia.

Essa anomalia pertence ao grupo de tumores trofoblásticos gestacionais. Isso ocorre principalmente quando dois espermatozoides fertilizam o mesmo óvulo. A partir desse momento o embrião começa a se desenvolver junto com o tecido placentário com os cistos. É importante entender que o embrião não terá condições de sobreviver e virar um bebê.

As mulheres com mais de 40 anos ou que sofreram mais de dois abortos prévios são mais propensas a ter uma gravidez molar.

Essa gravidez pode colocar a vida da mãe em risco, principalmente se a massa provocada por esse tipo de gestação se prender na parede uterina. A mulher poderá ter uma forte hemorragia, em alguns casos, pode converter-se em massa cancerígena.


Como identificar se a minha gravidez é molar?
A suspeita pode surgir com o aumento do hormônio HCG (Gonadotrofina Coriónica Humana), pressão alta, útero maior do que o normal, frequência cardíaca rápida, intolerância ao calor, perda de peso inexplicável e sangramento.

Caso, você note esses sintomas procure o seu médico para fazer um diagnóstico que comprove a anomalia.

Esse tipo de gestação pode ser classificado em dois graus: completo e parcial. O completo é quando não há embrião e nem tecido placentário normal. E o parcial pode haver uma placenta normal e o embrião, mas é provável que ele se  desenvolva de maneira anormal e é incompatível com a vida.

Pode ocorrer um aborto espontâneo por volta da 8° semana de gestação molar, devido à má-formação do embrião. Caso, esse aborto não ocorra, ele deverá ser provocado”, alerta o ginecologista.


Tratamento
O único tratamento é extrair todo o tecido molar do útero. Esse procedimento pode ser feito por meio da curetagem, ou por meio de medicamentos específicos para expulsar todo o tecido embrionário. Pode ser necessária uma segunda curetagem para remover as sobras dos tecidos. O médico deverá solicitar alguns exames para verificar os níveis do hormônio HCG. A paciente deve voltar a consultar o ginecologista uma vez por mês, com o intuito de certificar que não existe mais nenhum tecido molar no útero.


Tive gravidez molar, quando posso voltar a engravidar?
O risco de uma gravidez molar ocorrer novamente é de 1 a 2%.
A gestação molar não interfere na capacidade de a mulher voltar a engravidar. É recomendado a mulher fazer uma pausa de  um ano para que o médico possa manter um controle e verificar se existe uma recidiva molar ou não e se há risco para desenvolver o coriocarcinoma. Uma gravidez poderá dificultar essa supervisão”, aconselha o ginecologista.

Como saber se tenho uma gravidez molar ?

Trata-se de uma rara complicação da gestação que ocorre quando algo dá errado durante o processo de fertilização na concepção, gerando anormalidades nas células que formarão a placenta. A gravidez molar (também conhecida como mola hidatiforme) faz parte de um grupo de condições chamado tumores trofoblásticos gestacionais. Eles costumam ser benignos (não-cancerígenos) e, embora possam se espalhar para além do útero, são tratáveis com sucesso. 


Em uma gravidez normal, o óvulo fertilizado contém 23 cromossomos do pai e 23 da mãe. Em uma gestação molar completa, o óvulo fertilizado não possui cromossomos da mãe, e os do espermatozóide do pai são duplicados. Nesse caso, não há embrião, membrana amniótica nem qualquer tecido placentário. No lugar deles, a placenta forma uma massa de cistos que se assemelha a um cacho de uvas e pode ser vista em uma ultra-sonografia. 

Na maioria das gestações molares parciais, o óvulo fertilizado tem o conjunto normal de cromossomos da mãe, mas o dobro dos do pai, havendo um total de 69 cromossomos, em vez de 46. Isso pode acontecer quando os cromossomos do espermatozóide são duplicados ou quando dois espermatozóides fertilizam o mesmo óvulo. Nesses casos, há tecido placentário junto com os cistos, e o embrião começa a se desenvolver. Mas, mesmo que ele esteja presente, é importante saber que não é um embrião normal, e não terá condições de sobreviver e virar um bebê. 


É assustador terminar uma gestação dessa forma, porém, com tratamento adequado e acompanhamento médico, você não deverá ter sequelas físicas de longo prazo.

As gestações molares são comuns?

Nos países ocidentais, 1 em cada 1.000 gestações é molar. Nos asiáticos, este tipo de gravidez é mais comum, embora não se saiba ao certo quais são os motivos. Mulheres com tipo sanguíneo B têm maior risco de uma gravidez molar.

Como saber se tenho uma gravidez molar?

Bem no comecinho, você poderá ter sintomas normais de gravidez, mas, em algum momento, haverá sangramento (lembrando sempre que os sangramentos não são necessariamente sinal de algum problema grave na gestação e que muito raramente indicam gravidez molar). O sangramento pode ser contínuo ou não, forte ou leve, e poderá ocorrer a partir de 6 semanas e até com 16 semanas. 

Fortes náuseas e vômitos, além de inchaço abdominal, também podem ocorrer. Os níveis do hormônio da gravidez, o hCG, serão muito mais elevados do que o normal. 

Às vezes o que acontece é um abortamento espontâneo normal, e, quando a mulher é submetida à curetagem, o material retirado é submetido a exame anátomo-patológico e só então se descobre que se tratava de mola.

Qual o tratamento para uma gestação molar?

Você poderá precisar realizar uma curetagem, a fim de retirar todo o tecido anormal, ou receberá remédios específicos para provocar a expulsão do tecido embrionário. Em alguns casos, uma segunda curetagem é realizada para remover sobras de tecidos. 

Seu médico pedirá uma série de exames, e os níveis do hormônio da gravidez serão monitorados (quando não houver mais nenhum crescimento anormal no corpo, os níveis do hormônio hCG serão praticamente zero).

Implicações a longo prazo

Dependendo das circunstâncias, é muito importante monitorar uma gestação molar por cerca de seis meses após o diagnóstico, porque minúsculas quantidades de tecido podem crescer e se espalhar rapidamente pelo corpo -- o que, às vezes, ocorre meses depois do tratamento. Por isso é fundamental manter o controle dos níveis de hCG, feito em exames de sangue. 

Em alguns casos, uma mola hidatiforme invasiva poderá se desenvolver após a curetagem, quando o tecido molar cresce na camada de músculo do útero. O sintoma mais comum é sangramento contínuo ou irregular depois da curetagem. Esse tipo de tecido pode migrar pela corrente sanguínea para órgãos mais distantes, incluindo pulmões, fígado e cérebro. 

A gestação molar invasiva é mais comum em casos de gestação molar completa do que nas parciais. 

Em situações mais raras, células anormais permanecerão no corpo após a retirada do tumor, o que é conhecido como doença trofoblástica gestacional persistente. Ela acontece em menos de 15 por cento das mulheres com gravidez molar completa e em menos de 1 por cento das com gravidez molar parcial. O tratamento é feito através de quimioterapia, para garantir que a doença não se espalhe para além do útero. Com os cuidados adequados e na hora certa, quase 100 por cento dos casos são tratados quando o tumor ainda não se ampliou para outras partes do corpo. Mesmo nos casos mais raros da doença, em que ela já atingiu outros órgãos, o prognóstico ainda é excelente. Uma vez em remissão, os níveis do hormônio hCG serão monitorados pelo resto da vida. 

Em raríssimos casos, uma gestação molar completa pode levar a um coriocarcinoma, uma forma extremamente incomum, porém tratável, de câncer. Ele ocorre em 1 de cada 30 mil gestações, e pode ser fruto tanto de uma gravidez molar quanto de uma normal ou de um aborto espontâneo.

Quando poderei engravidar de novo?

Se você não se submeteu a um tratamento de quimioterapia, terá que esperar até seis meses depois que os níveis de hCG zeraram para voltar a tentar. No caso de ter feito quimioterapia, a recomendação é geralmente esperar um ano. 

As chances de voltar a ter outra gravidez molar são cerca de 1 a 2 por cento. 

Lembre-se de que a grande maioria dos casos de gestação molar não compromete a capacidade de a mulher voltar a engravidar, mesmo as que se submeteram a quimioterapia.

É assustador terminar uma gestação dessa forma, porém, com tratamento adequado e acompanhamento médico, você não deverá ter sequelas físicas de longo prazo.